quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

 

 

Teatro Leopoldo Fróes:  das cinzas, as emoções e memórias

 

Fevereiro de 2021: um incêndio acabou com uma das maiores referências culturais de Niterói, o Teatro Leopoldo Fróes. A classe artística chora e lamenta esta perda, principalmente, os que participaram e viveram, ativamente, sonhos e realidades neste palco.

Desde que foi fechado pelo Departamento de Censura, passou a ser um centro de assistência social da Mitra Arquiodicesana. Na realidade, desde que o prédio foi doado pelo Estado para a Mitra, em 1947, o prédio sempre foi desta Instituição e com esta finalidade. O conflito com a igreja começou 19 anos depois, quando a Associação Recreativa Comércio e Navegação, do Sindicato dos Operários Navais, arrendou o prédio para construir um auditório e assumiu a direção do Teatro o metalúrgico e desenhista Albino Santos. Na época, o Teatro tinha o nome de Alvorada. As apresentações culturais e as reuniões sindicais que passaram a acontecer ali incomodavam muito à censura, por este motivo, o diretor Albino Santos foi suspenso do Estaleiro onde trabalhava e o Teatro foi fechado pelo DOPS em 1973.

Porém, ainda em 1973, o Teatro Alvorada foi reaberto somente para as atividades culturais e, passou a se chamar Teatro Leopoldo Fróes, através de uma parceria entre a Prefeitura de Niterói e o INDC (Instituto Niteroiense de Desenvolvimento Cultural). No início dos anos de 1970, e na década de 1980, o Teatro Leopoldo Fróes passou a ser o maior laboratório cultural do Estado do Rio de Janeiro, com uma explosão de atividades artísticas.  Música, dança, teatro, festivais, cursos, poesia, era uma intensa ebulição que preenchia o dia e a noite das programações. Grandes nomes se apresentaram ali tais como: Procópio Ferreira, Paulo Autran,Yoná Magalhães, Glória Menezes. Grandes festivais de teatro infantil e adulto aconteceram naquele palco, a maioria sob o comando de Sohail Saud, com a presença de Paschoal Carlos Magno,  e apoio do Jornal A Tribuna.

Na música, vários nomes se destacaram nacionalmente com o selo do Teatro Leopoldo Fróes, dentre eles: o grupo MPB 4, Zélia Duncan, Almir Satter, Zizi Possi, Dalto, Pepeu Gomes, Jards Macalé e o atual presidente da FAN, o musico Marcos Sabino.

Toda a classe de teatro se reunia e se apresentava no Teatro Leopoldo Fróes, tais como: o diretor Hipólito Heraldes, uma figura que ainda não recebeu a homenagem merecida pela sua atuação no teatro da cidade; a teatróloga Maria Lina Rabelo e o ator e diretor Marcos Hazec. Marcelo Caridade, Eduardo Roesseler, Felice Pirro, Ronaldo Mendonça, Carlos Adib, Carlos Fracho e Cristina Fracho, Ricardo Sanfer, Guga Gallo,  Leonardo Simões, Elyzio Falcato, Antonio Carlos De Caz e tantos outros. 

Mas este boom cultural foi desfeito no início da década de 1990, quando a Mitra (proprietária do imóvel) resolveu fechar o Teatro Leopoldo Fróes. Na época, aconteceram várias manifestações contra o fechamento sob o título “SOS Leopoldo Froes”. A disputa entre a Prefeitura e a Arquidiocese foi parar na justiça; porém, a batalha foi ganha pelo Arcebispo. Na ocasião, a Prefeitura poderia tornar o Teatro Leopoldo Fróes num bem público municipal, mas preferiu não contrariar a Igreja.

Na década de 1970, a censura era pesada nas artes e em todos os setores culturais. Das inúmeras intervenções policiais, a mais curiosa, foi durante a apresentação de teatro da Companhia de Zé Gamela, com uma peça sobre a vida de Cristo. Pouco antes da apresentação, os atores já prontos para entrar em cena, chegou um policial e deu uma “carteirada” para assistir à peça. O bilheteiro disse que ele não podia entrar com a carteira policial. Ocorreu uma discussão, e o policial abandonou o local, retornando a seguir com mais cinco policiais. Foi quando o bilheteiro chamou Zé Gamela, já personificado de Cristo, e disse para os policiais: “O teatro é o nosso ganha pão. Vocês só podem entrar se comprarem ingresso”. Naquele instante, o policial deu voz de prisão a Zé Gamela e a todo o elenco da peça. Não se fazendo de rogado, Zé Gamela chamou o elenco e saíram todos com os figurinos da peça, inclusive, sua mulher Dety, vestida de Nossa Senhora. Ao chegarem na Avenida Amaral Peixoto, sob o espanto da população, imediatamente, a cena ganhou pauta no maior noticiário da época, o Repórter Esso, que deu a notícia da seguinte forma: “Noticia extraordinária: acaba de ser preso, em plena Avenida Amaral Peixoto, em Niterói, Jesus Cristo e Nossa Senhora!”.

Dentre outras lembranças, tenho orgulho de ter apresentado, como ator e diretor, várias peças no Teatro Leopoldo Fróes, dentre elas, a mais marcante foi “Festival do Reencontro”, com o elenco composto apenas por pessoas em situação de moradia nas ruas (mendigos), cada um revelando sua possibilidade artística, dentre eles, um ex-artista de circo e cantor pertencente a uma família conhecida de Niterói. Alcóolatra, passou a morar na rua e depois num abrigo. Sua voz era espetacular e o convidei para abrir o espetáculo cantando Ave Maria. No entanto, antes da apresentação, ele conversou comigo e pediu: “Mario, eu não posso aparecer, pode ser que tenha alguém na plateia que me conheça, isto seria uma grande vergonha para mim”.  Na mesma hora, mudei as marcas e a iluminação, deixando-o apenas na penumbra.  Porém, logo na abertura do espetáculo, ele percebeu que a TV Globo iria filmar e me chamou novamente: “Diretor, a Globo taí, o meu sonho sempre foi aparecer na Globo cantando. Vou deixar a vergonha da família para lá. Você pode mudar a cena para eu aparecer?”.  Tive que mudar a cena novamente, colocando-o na frente do palco e com boa iluminação. A reportagem da TV começou com ele cantando Ave Maria e extraindo lágrimas de todos.

Das cinzas: as emoções e as memórias, falou emocionado o presidente da FAN, Marcos Sabino, sobre o amor e o respeito por tudo que viveu no Teatro Leopoldo Fróes.

 Mário Sousa é jornalista, escritor e diretor de Teatro

 

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

A Cultura em Niterói e seus ciclos

 

  A cultura sempre teve motivações  fortes na cidade. Momentos de avanços e ebulição. Outras vezes, pareceu estagnada e até em retrocesso. Ciclos e ciclos. Niterói é uma cidade que tem um celeiro de artistas dos mais variados segmentos. Para além do histórico linear dos fatos, relembro algumas passagens da cultura em Niterói, há quase meio século, apenas fazendo  menções  a alguns prefeitos. 

 Ivan Barros, o prefeito pintor, durante gestão de 07/01/1972 a 15/03/1975,  comemorou os 400 anos da cidade, criando a Comissão do IV Centenário, e trouxe para presidi-la o embaixador Paschoal Carlos Magno, o maior nome da cultura na época. O vice da Comissão foi Ephrem Amora, Diretor do Grupo Fluminense de Comunicação e como Secretária Geral, Hilma Borba.

Na época, o  Teatro Municipal estava fechado, mas  passou por uma rápida reforma para atender à programação do IV Centenário. Pela primeira vez, em sua história, o Teatro Municipal recebeu um espetáculo, “Cristo na Poesia” (autoria e direção de Mário Sousa), com o grupo ETC (Expansão Teatro e Cultura), apresentado  na plateia.

 Foi ainda no IV Centenário que o grupo ETC, oficial do IV Centenário,  trouxe para Niterói toda a cúpula do Conservatório  de Teatro do RJ (atual faculdade Unirio): os professores B.Paiva, diretor da Faculdade; Pernambuco de Oliveira; Orlando Macedo; Glorinha Bentermuller; Nely Lapor; e Barbara Heliodora. A nova geração de teatro talvez não saiba da importância desses nomes.

A Comissão do IV Centenário funcionava no INDC, Instituto Niteroiense de Desenvolvimento Cultural, que apresentou o primeiro Plano  Municipal de Cultura do País.

 

Na época, foram realizados também O Salão Fluminense de Belas Artes e   o Concurso de Piano das  Américas, com as presenças  da pianista Magdalena Tagliaferro e do pianista Guerra Peixe.

Após o IV Centenário, o prefeito Ivan Barros  resolveu construir o Centro Cultural  Paschoal Carlos Magno. Da mesma forma como aconteceu com a criação do MAC (Museu de Arte Contemporânea), alguns políticos, jornalistas e intelectuais, foram contra o Centro Cultural e também contra a  homenagem a Paschoal.

O sucessor de Ivan Barros, o engenheiro Ronaldo Fabrício, foi nomeado prefeito pelo governador Faria Lima, sendo o primeiro gestor de Niterói pós-fusão, no período de 15/03/1975 a 31/01/1977. Fabricio fez uma administração com rigor técnico, na qual criou o Parque da Cidade e a Enitur, órgão de turismo.

Em seguida,   Moreira Franco foi o primeiro prefeito eleito após o golpe  militar de 1964, no período de 03/01/1977 a 13/04/1982, com muitas realizações  na área cultural. O INDC foi extinto e criada a FAC- Fundação Arte e Cultura. Niterói também foi pioneira na construção de um sambódromo,  desmontável, onde atualmente está localizado o Caminho Niemeyer. Neste local, ocorreu   o melhor carnaval de todos os tempos. Na época, o escritor Jorge Amado, que esteve em Niterói, declarou que o Carnaval da cidade era o segundo melhor do País.

Moreira colocou em prática vários projetos que se destacaram:  o Recontar – reunindo tradicionais e novos escritores no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno;Arraial da Praia Grande; Mostra de Teatro Infantil; 1º Festival de Ballet, coordenado por Helfany Peçanha; o “Projeto Domingo Boa Praça”, nas praças, favelas e ruas da cidade, semelhante ao atual projeto  “Arte nas Ruas”. Este projeto, além de levar arte para as comunidades, debatia com os moradores os problemas locais. Outro projeto pioneiro  foi  “Sábado é dia de Criar”,  nas escolas   municipais, abertas para apresentações de atividades culturais  locais  e  grupos convidados. Moreira trouxe  Albino Pinheiro para implantar na cidade o Projeto “Seis e Meia” e depois surgiu o “Barca das 7”.

Na área de Teatro, Moreira Franco convidou a teatróloga Maria Jacintha, que criou o teatro Estável de Niterói . Na época, numa conversa com Maria Jacintha eu perguntei:

 - “Por que  não criar uma escola de teatro  na cidade? O que você tem para nos ensinar é maior que o Teatro Estável, a exemplo do que você construiu no Teatro Duse com Paschoal Carlos Magno”, disse a ela.

Maria Jacintha respondeu: "O Teatro Estável  tem a  proposta de ser uma escola".

A genialidade da mestre Jacintha estava sempre à  frente do seu  tempo. Seu sonho e a semente que deixou até hoje são uma esperança : uma escola de teatro na cidade.

Na gestão do  prefeito eleito  Waldenir de Bragança,  de 01/02/1983 a 03/12/1988,  foram criadas as Secretarias de Cultura e Turismo da cidade e transformada a FAC- Fundação de Arte de Niterói em Funiarte.  O que talvez simbolize a maior ação do prefeito  na área cultural, foi a reconstrução da Praça da República, com as peças que foram abandonadas num terreno do setor de Limpeza Urbana na Ponta D`Areia.

Waldenir de Bragança  inaugurou também a Casa de Cultura Norival de Freitas; criou a Cidade da Criança e o Parque Olímpico, onde foi construído o Caminho Niemeyer; criou a Banda Municipal Santa Cecília, tendo no comando o maestro José Bernardo, falecido recentemente; criou o Espaço José Cândido de Carvalho; realizou o I Seminário de Cultura; valorizou e investiu  no Arraial da Praia Grande, no Teatro Estável e no Balé da Cidade.

Vale destacar que  Waldenir criou a Companhia de  Balé de Niterói.  Porém,  cada prefeito, foi refazia a Companhia com novo escopo. O prefeito seguinte, Jorge Roberto Silveira, consolidou a Companhia de Balé de Niterói, abrindo, inclusive, um concurso público, o que deu estabilidade aos diversos profissionais que atuaram na Companhia. No entanto, o principal foco que era levar espetáculos e cursos para as comunidades foi se perdendo e, na última gestão de Jorge Roberto Silveira a Companhia quase foi extinta. No último  governo de Jorge  Roberto, a Companhia  quase foi extinta,  retomada, posteriormente, pelo prefeito Rodrigo Neves, que ampliou o espaço da Companhia em caráter nacional e inaugurou uma sede para a Companhia.

O Jorge Roberto Silveira, e seu principal aliado João  Sampaio, ficaram no poder quase 20 anos: Inicialmente, Jorge Roberto de 01/01/1989 a 01/01/1993. Em seguida, João Sampaio de 01/01/1993 a 01/01/1997. Jorge retorna, pela segunda vez ao poder  de 01/01/1997 a 31/12/2000.  E,  na terceira eleição que se inicia em  01/01/2001, ele renuncia em 04/04/2002. Todo este período é marcado pela expansão da cultura num patamar internacional , em vários eixos: a recuperação dos patrimônios históricos, como foi o caso do Teatro Municipal, da Igreja de São Lourenço dos Índios, do Museu Popular Janete Costa  e o  Solar do Jambeiro;  a criação de novos equipamentos como o Caminho Niemeyer, tendo como destaques o MAC e o  Museu Popular Janete Costa. Niterói virou capital internacional da Cultura nos encontros  com Cuba, Portugal, Espanha, dentre outros países. Foram criados também a Niterói Disco, a Niterói Livros e o Projeto Aprendiz.

O MAC, independente de seu acervo e das exposições que abriga, virou uma referência internacional. Atualmente, é o atrativo cultural e turístico mais visitado da cidade. Apesar da sua grande frequência, existe  uma lacuna: a crítica dos artistas locais que não tem  acesso a montagem de  suas exposições.

Após a renúncia de Jorge Roberto  ao cargo de prefeito, em 04/04/2002,  assume o vice, Godofredo Pinto, que fica  no poder de 04/04/2002 a 31/12/2004. Na eleição seguinte, Godofredo é eleito e governa de 01/01/2005 a 31/12/2008, dando continuidade aos projetos de Jorge Roberto: promoveu novos encontros internacionais; apoiou projetos já existentes tais como: Arte nas ruas e o Aprendiz e, no Caminho Niemeyer, inaugurou o Teatro Popular.

Logo após a gestão de Godofredo Pinto, Jorge Roberto é reeleito pela quarta  vez, no período de 01/01/2009 a 31/12/2012, dando  continuidade aos seus projetos do Caminho Niemeyer,   do  Reserva Cultural e do Museu Popular Janete Costa.

Rodrigo Neves assume o comando da Prefeitura de Niterói em   01/01/ 2013  e termina em 31/12/2020, com a cultura ganhando  destaque, nacional e internacional, conquistando, praticamente, todos os melhores ranking administrativos.

 

Rodrigo Neves ampliou  o  diálogo  com os artistas e produtores da cidade; promoveu Niterói com  ações culturais que se tornaram referências em  políticas públicas; eventos internacionais e a transformação de  Niterói na cidade do   Audiovisual.

 

 Rodrigo teve a grandeza de dar  continuidade ao  término do Caminho Niemeyer. Reabriu, com toda logística, o Museu Popular Janete Costa; reabriu o MAC com uma cirúrgica reforma, organizando no local   grandes eventos; recuperou e dinamizou o Teatro Popular; inaugurou o melhor espaço multiuso de espetáculos, a sala Nelson Pereira dos Santos;  colocou Niterói no Sistema Nacional de Cultura; democratizou os espaços culturais com a implantação de editais; revitalizou o Projeto Aprendiz. Niterói passou a ser a capital da cultura no Estado.

 

Na sequência de prefeitos e gestores culturais, não podemos esquecer dos Secretários de Cultura e Presidentes das Fundações Culturais, com destaque para: Luiz  Romêo; Anibal Bragança; Marcos  Gomes; Marcos Sabino, Claudio Valério; Arthur Maia; André Diniz e Victor Wolf.

 O Secretário de Cultura, Claudio Valério, com   sua equipe Cristiane  Suzuki e Fernanda Teixeira, realizou um belo trabalho de  restauração em  patrimônios  da cidade.

Marcos Gomes, também Secretário de Cultura,  deixou um legado e marcas produtivas de realizações em quatro  gestões municipais, passando pelas principais atividades em todos segmentos da cultura, tendo como destaque a coordenação dos Encontros Internacionais.

O Presidente da FAN,  Marcos Sabino,  foi um esteio forte em várias épocas como artista e gestor.  Deixou a marca de importantes projetos, tais como:  a criação da Niterói Disco, com lançamento de mais de 30 discos;  da  Niterói Livros; Projeto   Arte nas Ruas, dentre outros.

Sabino foi também importante  no apoio à revitalização do teatro da cidade, através do Fórum de Artes Cênicas. Em 2011, os  coordenadores do Fórum encaminharam a Secretaria Municipal de Cultura e ao prefeito um documento com 21 propostas.  Em entrevista ao Globo Niterói,  Marcos Sabino afirmou: “de fato os setores culturais foram privilegiados nos últimos anos.  Mas chegou a vez do teatro da cidade ser olhado com mais carinho".

Vale destacar  o Secretário de Cultura, Arthur Maia que,  com sua empatia e competência, implantou  cursos de Música nas favelas, ampliou o  Projeto Aprendiz, inaugurou a sede da companhia de Balé da cidade e  reabriu o Museu Popular Janete Costa.

André Diniz, Presidente da FAN,  pesquisador e escritor,  realizou uma  gestão exemplar e diversificada com as inaugurações:  do Reserva Cultural;  da Sala Nelson Pereira dos Santos; do Complexo do Céu de Jurujuba; das reformas do MAC e do  Teatro Popular; da  implantação  do Projeto Nacional de  Audio Visual na cidade.

Ainda na gestão de Rodrigo Neves, o Secretário de Cultura, Vitor Wolf, teve destaque por  ter avançado no diálogo com os segmentos artísticos ,  movimentos sociais e a diversidade , com um saldo bastante  positivo de realizações.

Ações futuras

Com todo o potencial cultural de Niterói e as ações públicas, a cidade vive a expectativa de resgate de alguns projetos e novas iniciativas : restauração da Casa Norival de Freitas; maior diálogo  com entidades como Academia Fluminense de Letras, Academia Niteroiense de Letras, Instituto  Histórico, Associação Niteroiense de Escritores; Sociedade Fluminense de Fotografia; retomada do Museu da Imprensa; revisão dos editais para abrir melhores oportunidades para os artistas da cidade; ampliar o diálogo  com  os movimentos  sociais; definir um espaço para sediar a Atacen (Associação dos Trabalhadores de Artes Cênicas),a Ane (Associação dos Escritores, Academia Niteroiense de Letras).Abrir o MAC para os artistas da cidade; ampliar  o Centro Cultural Carlos Magno para os artistas da cidade; criar um Calendário para os grupos de Teatro e Música da cidade no teatro Municipal e na Sala Nelson Pereira dos Santos; promover a solenidade de entrega do prêmio do Prêmio Nacional de Jornalismo Ambiental Chico Mendes; criar mecanismos administrativos para que os pagamentos dos artistas e grupos não atrasem tanto; criar uma Coordenação de Teatro; criar a Niterói Teatro;  ampliar os espaços e apoios para os artistas populares  da periferia; criação de uma escola de teatro em parceria com a UFF; retomar o Projeto Encontro de Artistas de Niterói para Niterói;  criar possibilidades para a cidade universitária no centro de Niterói, onde convivem cerca de 30 mil universitários.


Mário Sousa é jornalista e diretor de Teatro. Foi Diretor de Cultura, Lazer e Turismo de Niterói.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 


Rodrigo passa o bastão para Axel com cofre cheio de 700 milhões na PMN

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, vai entregar o bastão ao prefeito eleito Axel  Grael, no dia 1 de janeiro de 2021, em solenidade na Sala Nelson Pereira dos Santos, deixando nos cofres da Prefeitura 700 milhões de reais, com 85% de aprovação de sua gestão pela população, ranking positivo em todos itens administrativos, com destaques na área da Segurança e na pandemia. Niterói evoluiu do 58⁰ lugar para o 1⁰ em gestão fiscal e transparência.

No encontro com jornalistas, no último dia 28/12, no Solar do Jambeiro, bastante emocionado, Rodrigo fez um histórico de suas principais ações na cidade e a superação de várias crises e adversidades.  Perseguido politicamente, além da  crise  econômica e a Covid, Rodrigo, com dedicação integral a gestão, recuperou a auto estima e o orgulho de Niterói. 

“Tenho muito orgulho dessa trajetória, que me traz uma sensação de dever cumprido e de ter colocado a nossa cidade no rumo certo para seguir”, destacou Rodrigo Neves.

 No Estado do Rio de Janeiro, a maioria dos municípios se deteriorou pela crise econômica e pela pandemia, com as ações de Rodrigo Neves em Niterói, o município passou a ser referência e modelo para o Estado e o País, tanto na área administrativa, fiscal e em relação a Covid 2019. Hoje, com o Programa Niterói Presente, a cidade passou a viver a sensação de segurança e é o único município da Região Metropolitana que não tem territórios dominados por milicianos.

Rodrigo agradeceu o apoio dos jornalistas presentes e as críticas construtivas, ressaltando o trabalho de seu Coordenador de Comunicação, Leonardo Caldeira, que foi convidado por Axel Grael para manter-se no cargo.

Sobre sua possível candidatura ao governo do Estado, Rodrigo ressaltou que neste momento só pensa em dedicar-se as sua família e possivelmente aceitar o convite da Universidade de Coimbra, em Portugal, para especialização em Sociologia. 

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Mário de Sousa é jornalista 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 A pandemia e a estupidez


A estupidez parece não ter fim em plena pandemia. A passeata no Rio marcada pelos  bolsonaristas contra a vacina extrapola a qualquer razoabilidade. Chega ao limitem máximo da estupidez humana.  Em Niterói, o final de semana foi de quase total desrespeito ao distanciamento social, com calçadões, restaurantes e praias superlotadas. Em São Francisco, no sábado, um novo restaurante promoveu uma festa dançante, com música ao vivo, com dezenas de jovens sem máscaras. No mesmo bairro alguns PMs do Niterói Presente caminhavam sem máscaras. Num caixa eletrônico, uma senhora solicitou que um jovem com duas crianças, sem máscaras, se afastasse por está colado. Ele, grosseiramente, ofendeu a senhora:

- Está pensando o quê? Que eu abandone meus filhos?

- Não senhor, que você se preocupe com a saúde deles, a sua  e de quem está próximo!

- A senhora...e o dito palavrão!

- Lamento pelo seus filhos que tenham que conviver com tanta ignorância e estupidez. E foi embora antes que esquentasse ainda mais. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

 

Sousa, presidente

Foto 2: Mário Sousa e integrantes da chapa no dia da votação

Jornalista Mário Sousa reeleito presidente do Sindicato dos Jornalistas do RJ

 O Jornalista Mário Sousa foi reeleito presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro,  para o triênio 2020/2023,integrando a Chapa Jornalista Jairo Mendes. Os integrantes da nova Diretoria são: Mário José Fernandes Rodrigues de Sousa (Mário Sousa), presidente, de Niterói; Dulce Tupy Caldas, vice –presidente, de Saquarema; Luiz Sergio Caldieri , 2º vice presidente, de Niterói; João Alexandre de Almeida, Secretário, de Niterói; Jurivelson Salomão Santana, 1º Tesoureiro, Rio de Janeiro; Carlos Alberto Antonio, 2º Tesoureiro, Belford Roxo ( Baixada Fluminense);  Adilson Pereira Guimarães, Diretor Jurídico, São Gonçalo. Suplentes da Diretoria: Paulo Roberto Araujo, Niterói; Moisés Faria das Chagas, Rio de Janeiro; Sérgio Henrique Soares Martins, São Gonçalo; Fernanda Garcez Borges Vizeu, Macaé; Bianca Marques de Oliveira Lima Sousa, Itaperuna.

O Conselho Fiscal é formado por: Gentil da Costa Lima, Niterói; Inaldo Batista dos Santos, Niterói; Claudia Fernanda Barcellos, Niterói. Suplentes: Pablo Pereira Kling, de Niterói  e Mauricio Alcântara Guimarães, de Niterói. 

A Comissão de Ética é formada por: José Alves Pinheiro Junior  (Niterói), Vilmar da Silva Berna  (Niterói) e Edgard Batista da Fonseca Filho (Niterói).

 Os representantes junto a Federação Nacional de Jornalistas são  Luiz Edmundo Continentino Porto, Niterói tendo como  suplente Adelfran Lacerda Matos, Campos.

Após as eleições foram anunciados os delegados já indicados e aprovados para as regiões do Estado. No Sul Fluminense será a jornalista Jane Portela, moradora de Barra Mansa, indicada pela Associação dos Jornalistas do Sul Fluminense; Adelfran Lacerda , delegado do Norte Fluminense ; Carlos Alberto Antonio, delegado da Baixada Fluminense.

Para o jornalista Mário Sousa, o Sindicato  continuará lutando pelos direitos do jornalista e contra a precarização e a desqualificação do jornalismo profissional. Nossa luta se amplia contra as agressões aos profissionais nas ruas, a intolerância, o assédio e o preconceito nas redações, maior segurança no exercício do trabalho,  contra as fake news e  o registro de jornalista no Ministério da Economia sem critérios, destaca Mário.

Ressaltando a Carta de Niterói, apresentada no Encontro Estadual de Jornalistas, realizado em julho de 2019, em Niterói, destacamos alguns pontos:  A luta pelo retorno do diploma universitário de Jornalismo para o exercício da profissão; a contratação de assessor de Imprensa no interior sem qualificação; a realização de concursos públicos para o exercício da profissão de Jornalista nas Prefeituras, Câmaras e Judiciário.

Sobre nosso período no exercício da Presidência do Sindicato, ressaltamos algumas iniciativas: Realização das convenções Salariais de Rádios , TVs, Jornais e Revistas; vários encontros regionais com grupos de Jornalistas na Baixada, Norte Fluminense, Região dos Lagos, Região Serrana, etc; Encontro Estadual de Jornalistas, em Niterói; criação de Delegacias Regionais, que se concretizarão após a eleição na Baixada  Fluminense, Região Sul Fluminense, Região do Lagos, Norte Fluminense e Serrana; participação de grupos de jornalistas em várias Feiras Literárias no Estado; convênio com  a Firjan -SESI com descontos nas áreas médica e odontológica; lançamento do Prêmio Nacional de Jornalismo Ambiental Chico Mendes, em fase conclusiva da premiação; Livro sobre a Comissão da Verdade em fase conclusiva; participação em várias campanhas contra as fak news, racismo, violência contra os jornalistas junto a Fenaj.

Quem foi Jairo Mendes?

Jairo Mendes foi presidente do Sindicato num período turbulento durante a Ditadura Militar. Pela sua atuação sindical e lutas pelas causas populares foi preso no Estádio Caio Martins, em1964. Liderou dezenas de sindicatos  do antigo Estado do Rio defendendo as causas trabalhistas. No Sindicato do Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro teve uma grande atuação e de resistência contra a intervenção militar. Jairo era mineiro, morreu pobre e doente numa casa alugada no Galo Branco, Rocha, em São Gonçalo.  

 

 

 

 

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

 

A morte de uma líder comunitária

Dona Luiza nos deixa aos 89 anos. Uma mulher guerreira, generosa, que  nasceu e viveu para servir o próximo. Muito lutou e fez pelas comunidades  do Morro do Ingá, do Palácio e tantas outras.

Conheci Dona Luiza no dia-a-dia do jornalismo e da política. Fazia questão de demonstrar sua paixão pelo Brizola e o ativismo partidário no PDT. Era um orgulho para ela ser militante do partido. Para ela não havia tempo ruim. Abria portas com seus apelos fortes e   um sorriso largo e acolhedor.

 Seu legado e sua história ficarão simbolizados em todas as conquistas que conseguiu  para as várias comunidades, como creches, iluminação, Médico de Família

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 

 

 

 

                  Eleição derruba veteranos vereadores

Com quase 800 nomes concorrendo a uma vaga no legislativo niteroiense, a eleição 2020 foi muito desafiante até para os atuais vereadores ou para aqueles que já passaram pela Câmara de Niterói em outras legislaturas.

Dos atuais vereadores, 8 não conseguiram se reeleger: João Gustavo, com 2.200 votos; Renatinho, com 1.359 votos;  Carlos Macedo, com 1.691 votos; Renato da Oficina, com 2.287 votos;  Ricardo Evangelista, com 3.711 votos; Betinho, com 1.476 votos;  Atratino, com 1581 votos;  Sandro Araújo, com 401 votos; e Ricardo Evangelista, com a excelente  votação de 3.711 votos, não se elegeu.

Entre os postulantes que não tiveram sucesso, que já haviam sido vereadores em outras legislaturas, temos o veterano Edgard Folly, com mais de 4 mandatos, e agora teve 367 votos; a ex-deputada estadual e também ex-vereadora Tânia Rodrigues, com 615 votos. Também não se elegeram os ex-vereadores Zaf, com 1.670 votos; Beto Saad, que chegou a assumir como suplente, teve 1.660 votos; Pastor Ronaldo, com 1.307 votos; Salomão Viana, com 845 votos; o ex-padre Wilde Ricardo, com 433 votos; Celeste Carvalho, com 381 votos; e Issa, com 222 votos. Com expressiva votação, 3.066 votos, Pipico também não se elegeu.

Já o deputado federal Carlos Jordy, com seus mais de 200 mil votos na eleição de 2018, não conseguiu eleger seu irmão Renan Leal, que obteve 3.043 votos.

Leia também no https://blogdomariosousa.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

 Fotos: Sergio Gomes e Bruno Eduardo Alves

Foto 1: O prefeito de Niterói, Paulo Bagueira, presidente do Sindicato, Mário Sousa, e os jornalistas Continentino Porto e Paulo Roberto Araújo
Foto 2: O presidente da Câmara, Milton Cal, com o presidente do Sindicato, Mário de Sousa, os diretores do Sindicato Continentino Porto, Gentil Lima, Sergio Caldieri, o vereador Paulo Velasco e representantes da Câmara.
Ricardo Boechat homenageado com espaço de convivência em São Francisco
O jornalista Ricardo Boechat foi homenageado pela Prefeitura de Niterói com o Espaço de Convivência Jornalista Ricardo Boechat , o atual espaço de convivência acostado entre o calçadão da Praia de São Francisco e a areia, situado na Av. Quintino Bocaiúva, em frente ao Restaurante Família Paludo.
A Lei, sancionada pelo prefeito Rodrigo Neves, foi publicada nesta quinta-feira, dia 26/11, no Diário Oficial.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro agradece publicamente ao prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, ao vereador Paulo Bagueira, ao presidente da Câmara, Milton Cal e todos os vereadores pela aprovação do projeto de lei em homenagem ao companheiro Ricardo Boechat.
A iniciativa de homenagear o jornalista Ricardo Boechat partiu de um grupo de amigos do jornalista e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro. Na ocasião, o prefeito de Niterói em exercício, Paulo Bagueira, e o presidente da Câmara, Milton Cal, receberam nos dias 20/2 e 26/2, do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, o jornalista Mário Sousa, um documento propondo homenagear o jornalista Ricardo Boechat, recém-falecido, com nome de uma praça no bairro de São Francisco. Nos encontros na Prefeitura de Niterói e na Câmara de Vereadores, participaram os jornalistas e diretores do Sindicato Continentino Porto, Sergio Caldieri, Gentil Lima, além dos jornalistas Paulo Roberto Araújo e Vinicius Martins, Coordenador de Comunicação da Câmara.
O prefeito em exercício, Paulo Bagueira, elogiou a iniciativa do Sindicato e destacou Ricardo Boechat como um dos maiores jornalistas do País e também seus laços afetivos e familiares com a cidade de Niterói. Bagueira, na ocasião, sugeriu que a homenagem fosse feita em conjunto pelos dois poderes: Executivo e Legislativo.
Você, Zelina Caldeira, Adilson Guimaraes e outras 22 pessoas
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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Alter do Chão, o paraíso

Mário Sousa é jornalista e escritor
Alter do Chão, um paraíso de praias de águas doce na Amazônia
Você já foi a Alter do Chão? É um paraíso da Amazônia, conhecido como “o Caribe brasileiro”. É uma vila que fica em Santarém, oeste do Pará, que esbanja encanto e é destacado como um dos lugares mais bonitos do Brasil e do mundo. Às margens do rio Tapajós, com suas praias de água doce, igarapés que mais parecem piscinas naturais, árvores milenares, trilhas que dão acesso a mirantes com vistas inesquecíveis, comunidades tradicionais protegidas pela floresta e um contato direto com a natureza e os animais, que ali vivem, são algumas das experiências e atrações que Alter do Chão tem a oferecer.
Imagine uma ou várias praias de rios de água doce, divididas ao meio por uma extensão quilométrica de areia, onde o acesso é por pequenos barcos e canoas. Você começa a entender o que é Alter do Chão, onde a natureza é a grande atração.
Uma pesquisa sobre demanda turística considerou Alter entre os 10 melhores destinos do mundo para se visitar em 2019., ficando em 8 lugar na lista. O Peru foi o grande vencedor, seguido pela Croácia e pela cidade do Porto, em Portugal.
A praia possui um cenário paradisíaco e guarda uma beleza única. Ideal para aproveitar o ‘verão amazônico’, que ocorre entre os meses de agosto a dezembro. De janeiro a julho, a ilha praticamente desaparece.
Origem - Alter foi um local das missões religiosas, comandadas pelos jesuítas. Até o Século XVIII, a vila era habitada pelos índios Borari. A vila fica distante aproximadamente 37 quilômetros do centro Santarém. O acesso se dá pela rodovia estadual Everaldo Martins, a PA-457, totalmente pavimentada. Outra maneira de chegar até a vila é pelo rio Tapajós, de barco ou de lancha.
A viagem dura em média 45min de carro e 3h pelo rio. Na vila, existem hotéis e pousadas e um albergue. Os preços das diárias variam a cada período do ano, durante os eventos tradicionais, os valores aumentam em algumas hospedarias.
A magia de Alter do Chão começa com a Ilha do Amor, na enseada do Rio Tapajós. Na beira do Rio, várias canoas, por apenas 5 reais, levam grupos de 5 pessoas, para o outro lado da Ilha, onde se concentram quiosques com comidas típicas da região.
Da mesma enseada saem pequenos barcos que levam os turistas para passeios parasidíacos , onde se conhece a rica fauna e flora da região, passando por lagos, igapós, lagos, praias, no meio da selva.
Artesanato - Na pequena pracinha, próximo a praia, um polo gastronômico com os peixes típicos da região,como o pirarucu, tucunaré, pixote, sambaqui. Em volta da praça, barracas com artesanatos típicos da região, além de show musical.
Centro de Atendimento - O Centro de Atendimento ao Turista fica num local privilegiado e estratégico a beira do rio. Curiosamente, para se chegar ao Centro de Atendimento, passa- por uma ponte, onde existe um lago (mangue)onde se escuta um som estridente de sapos , que habitam no local.
Associação - Na Ilha do Amor fica a Associação de Turismo Fluvial (Atufa) com vários guias. Ali você escolhe os passeios e em pequenos barcos conhece as atrações, entre elas:o Lago Encantado, Santuário dos Botos, Lago do Pirarucu, Ponta do Cururu, Floresta Encantada, Lago Verde, Serra da Piroca, Pindobal, Enseada do Saru, Comunidade dos Macacos, que reúne pessoas e famílias dos mais diversos lugares, que resolveram viver como nativos e se alimentam do que produzem no local.
Como chegar- De avião até o aeroporto de Santarém. Outras opções são os navios ou barcos até o porto de Santarém. Da cidade de Santarém até Alter do Chão são 35 minutos de táxi.
Hotel Mirante da Ilha, sofisticação e privilégio
Além dos passeios fantásticos de Alter do Chão, comodidade e conforto não podem faltar na sua viagem. Inclua , então, na sua agenda o Hotel Mirante da Ilha, que fica em frente a Ilha do Amor, a principal praia e a vista mais deslumbrante do local. O café da manhã e refeições são servidos no terraço do hotel, com uma vista privilegiada para o Rio Tapajós, e uma sinfonia de cantos de pássaros, que entram e saem do terraço, alguns com ninhos no telhado.
Tudo que você precisa de um bom hotel, você encontra no Mirante da Ilha: bom atendimento dos funcionários, café da manhã, almoço e jantar , com comidas regionais. Os quartos são amplos, individual, casal, duplo ou triplo, com TV, telefone, frigobar. O hotel tem piscina e bar. Faz transfer com carros climatizados.
O Mirante da Ilha fica na Rua Lauro Sodré, 369 – Alter do Chão. reservas@hotelmirantedailha.com.br . Te. 93 35271618 -35271110. www.hotelmirantedailha.com.br
O turismo começou a despertar nos 70 em Santarém, com a construção Santarém-Cuiabá e a Transamazônica. Na época havia uma expectativa da abertura dos cassinos. A Companhia Tropical , empresa de hoteleira, comprou uma imensa área em Santarém, que era da Varig, e construiu um grande hotel. Alter do Chão era apenas uma Vila de Pescadores.
De lá pra cá, o Vale Tapajós começou a ser visto e Alter do Chão virou um boom. Fazemos o Turismo das belezas naturais, de praias, mata, igapós, várzeas, afirma Pedro Pereira Castro, gerente do Hotel Mirante da Ilha, que foi construído há 13 anos pelo atual proprietário Manoel Anselmo Campos.
Segundo Pedro Castro, a Ilha do Amor é a grande referência do turismo em Alter do Chão, mas é preciso mais estrutura na ilha, que é administrada pela Prefeitura de Santarém, com menos lixo nas ruas, fim dos bueiros e matagal. “Temos que preservar este paraíso”, afirma Pedro.
Segundo ele, os turistas que chegam a Alter do Chão e no Mirante Hotel vem muito de São Paulo, Minas, Belém , Manaus, Altamira, Mato Grosso, Rio de Janeiro e dos EUA e Inglaterra.
Festa do Sairé e o Festival dos Botos
Até meados do século passado, o Sairé tinha significado puramente religioso. Hoje, a comemoração une o sagrado e o profano. O Sairé festejado no mês de setembro com um ritual religioso, durante o dia, culminando com a cerimônia da noite, quando são feitas ladainhas e rezas. Depois, vem a parte profana da festa, com shows artísticos e apresentações de danças típicas e pelo confronto dos botos Tucuxi e Cor de Rosa, ponto alto da comemoração.
Ao longo dos anos, o Sairé foi ganhando novos contornos, com outros valores folclóricos sendo acrescentados pelos moradores de Alter do Chão, que descendem dos índios Borari. Carimbó, puxirum, lundu, desfeiteira, camelu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, cecuiara e outras que marcam a riqueza de ritmos e a cultura da festa.
Na festa do Sairé os elementos religiosos e profanos caminham lado a lado. Ela começa no hasteamento de dois mastros enfeitados, seguido de ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores da vila. No último dia, sempre uma segunda-feira, ocorrem a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros, o marabaixo, a quebra-macaxeira e a “cecuiara”, espécie de almoço de confraternização. A programação termina à noite, com a festa dos barraqueiros.
Em 1997, foi introduzido o Festival dos Botos, disputa entre as associações folclóricas Tucuxi e Cor de Rosa, na qual encenam a lenda do golfinho de água doce que se transforma num homem bonito, seduz e engravida as mulheres.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018